O consórcio AuxDefense apresentou, na última quarta-feira, dia 6 de fevereiro, na Academia Militar – Campus Amadora, o workshop “Defesa 2030: Desafios e Oportunidades” onde foram apresentados aos cerca de 140 participantes os resultados finais do projeto AuxDefense e um possível direcionamento do setor da Defesa para a próxima década.
Com um painel alargado de oradores, o workshop contou com a participação do Ministério da Defesa Nacional, CINAMIL – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar, INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e idD – Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais.
De entre as intervenções destaque para José Borges, diretor do CINAMIL, que enfatizou o trabalho desenvolvido pela União Europeia na defesa dos cidadãos com a segurança a aparecer “atualmente no topo das preocupações do cidadão europeu, e a União Europeia a investir na melhoria desses índices através de pesquisa e desenvolvimento”.
Um depoimento validado por José Vilar de Jesus, Administrador Executivo do idD que prevê até 2030 a criação de um exército europeu numa “melhor gestão dos recursos, dado que atualmente, investimos menos e de pior maneira que os Estados Unidos. Queremos uma União Europeia mais forte na cena global, pronta para ter mais responsabilidades e permitir maior desenvolvimento integrado”.
O futuro do AuxDefense
Depois de três anos de investigação e desenvolvimento e com os equipamentos de proteção balística já em fases de testes no Iraque, Raul Fangueiro, coordenador do consórcio AuxDefense, apresentou os objetivos do consórcio para a próxima década: “O conhecimento gerado na plataforma tem muito espaço para crescimento, aproveitando-se do consórcio já criado, ela poderá ser alargada, aumentando a escala para o nível internacional. Uma consequência natural destes três anos de trabalho.”
Para o professor da Universidade do Minho o debate está centrado no chamado ‘uso dual’, com os equipamentos originalmente criados para as Forças Armadas a terem também utilidade civil, com foco na crescente autonomia da União Europeia e no desenvolvimento de uma base tecnológica “made in Portugal”.