Na passada sexta-feira, dia 2 de fevereiro, o Exército Português organizou um Cerimónia de Apresentação do seu Programa “Sistemas de Combate ao Soldado”. A sessão decorreu na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, e contou com a presença de diversas entidades militares, empresas, centros tecnológicos, universidades e comunicação social.
A abrir o evento, o coronel Tirocinado João Boga Ribeiro, chefe da Divisão de Planeamento de Forças do Estado-Maior do Exército, explicou que o objetivo deste Programa “Sistemas de Combate ao Soldado” consiste em dotar o militar com todos os equipamentos de combate utilizados de forma integrada e incremental.
O programa é composto por três áreas: a letalidade, que inclui o armamento ligeiro, os sensores e auxiliares de pontaria, a sobrevivência, que abrange o fardamento, sistemas de carga e os equipamentos de proteção e o C4I, que compreende os sistemas de comando, controlo, comunicações, computadores e informação, explicou.
Após esta intervenção, Gilda Santos, do CITEVE, explicou a mais-valias existentes nos novos uniformes que estão a ser desenvolvidos pelo CITEVE, em parceria com várias empresas Portuguesas, e avançou que os uniformes são “completamente diferentes” porque são mais ergonómicos e funcionais e estão em consonância com todo o sistema de carga que o militar tem de carregar em qualquer teatro de operações.
Raul Fangueiro, representante do consócio AuxDefense, tomou a palavra e deu a conhecer o equipamento de proteção em desenvolvimento (capacete balístico, cotoveleiras, colete balístico e joelheiras). Para além disso, explicou que a grande preocupação consistiu em desenvolver soluções mais leves e que garantam conforto térmico e fisiológico em teatro de operações, utilizando materiais e soluções avançadas recorrendo a tecnologias desenvolvidas recentemente. “Estes equipamentos são mais leves, mas garantem a mesma proteção balística”, salientou.
A encerrar a sessão, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, garantiu que o exército está disponível, na sequência de outras missões e iniciativas em curso, para, se necessário, reforçar as verbas de investigação e desenvolvimento e continuar com mais parcerias.
No final da sessão, todos os participantes puderam visitar uma exposição e conhecer mais a fundo os desenvolvimentos que estão a ser postos em prática. O consórcio AuxDefense pôde, através desta iniciativa, dar a conhecer o ponto de situação face ao projeto e os resultados positivos que têm vindo a ter.